Falta de respostas e atrasos no pagamento origina protesto no IHRU no Porto
"Estou à espera há 3 meses", diz Rosa Soares, beneficiária do apoio à renda.
"Estou à espera há 3 meses". O testemunho é de Rosa Soares, moradora em Grijó, Vila Nova de Gaia, que esta segunda-feira regressou à sede do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana), no Porto, devido à falha no pagamento do apoio à renda. "Vim aqui no mês passado e disseram que ia receber até os retroativos, mas até hoje nada. Eu preciso dessa ajuda, porque vivo sozinha e pago renda, água e luz", desabafa ao CM Rosa que recebe o rendimento mínimo de 247 euros e paga uma renda de 273,13€.
Eu preciso dessa ajuda, porque vivo sozinha e pago renda, água e luz
Rosa Soares
Aguarda pagamento do apoio à renda
O desespero estende-se aos beneficiários do Porta 65. "Tive bastantes dificuldades em fazer a candidatura e quando finalmente consegui o apoio houve um atraso de cerca de meio ano no pagamento das mensalidades", revela ao CM João Serra, que faz parte do Movimento Porta a Porta. "Se estou a pagar uma renda de um T1 de 800€, o valor de 300€ a mais que podem ajudar no pagamento faz falta", aponta.
Quisemos manifestar a nossa indignação com o Governo que não tem dado meios e recursos ao IHRU
Raquel Ferreira
Porta-voz do Núcleo do Porto
O protesto desta segunda-feira realizado no Porto e em Lisboa foi convocado pelo Movimento Porta a Porta com o objetivo de dar visibilidade à falta de recursos do IHRU. "Quisemos manifestar a nossa indignação com o Governo que não tem dado meios e recursos ao IHRU. Várias pessoas já nos disseram que estavam há 2 meses, outras há meio ano ou até desde 2023 a aguardar que o apoio fosse pago", explica Raquel Ferreira, porta-voz do Núcleo do Porto do Movimento Porta a Porta.
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