Faz greve de fome para poder ver filhas

Mãe pediu a substituição da juíza e processou as técnicas.

29 de janeiro de 2016 às 12:30
Ana Maximiano, Tiago Almeida, Segurança Social, Cascais, Conselho Superior de Magistratura Foto: Pedro Catarino
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Ana Maximiano, de 33 anos, mãe a quem foram retiradas as filhas, de 2, 3 e 5 anos, e as mais novas entregues ao pai, Tiago Almeida, acusado de violência doméstica - a de 5 anos foi também entregue ao pai, outro antigo companheiro de Ana -, iniciou esta quinta-feira uma greve de fome junto à Segurança Social de Cascais.

É ali que trabalham as técnicas da Equipa de Crianças e Jovens contra quem Ana apresentou queixa-crime por falsas declarações. O relatório que elaboraram serviu de base à decisão da juíza do Tribunal de Cascais, Helena Leitão, de retirar as crianças à mãe, a 7 de dezembro. "O primeiro objetivo da greve de fome é poder ver e falar com as minhas filhas mais novas. Foi decretado no início do mês que as podia ver com mediação das técnicas, mas elas não atendem o telefone", lamenta. "Deram-me o contacto do agressor para falar com as meninas.Atende, goza, manda ligar mais tarde." A defesa de Ana já pediu a substituição da juíza, fez uma exposição ao primeiro-ministro e ao Conselho Superior de Magistratura. Para a retirada das crianças, as técnicas alegaram que Ana abandonou a mais nova num café e que disse que ia fugir com elas. Ana nega ter dito isto e a vizinha com quem a bebé ficou disse ao CM que ficou a tomar conta da bebé e negou o abandono. O CM tentou contactar as técnicas, sem sucesso.

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