Filas à porta de lojas e mercados em várias ruas de Lisboa

Nas praças de táxis, não há veículos pretos e verdes para apanhar. Ouvem-se alguns carros de bombeiros e da polícia em emergência, como tem acontecido noutras zonas da cidade nas últimas horas.

28 de abril de 2025 às 16:13
Utentes dos transportes públicos fazem fila na Estação do Oriente devido ao apagão que afeta Portugal de Norte a Sul Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
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Filas à porta de lojas de conveniência, alguns minimercados e restaurantes ocupam esta segunda-feira várias ruas entre as zonas de Sete Rios e Benfica, em Lisboa, com algumas pessoas apreensivas pelo apagão que assolou a Península Ibérica.

A Lusa constatou haver também muitas dúvidas sobre a situação, com as pessoas nas ruas a referir que só sabem que "não há luz por todo o lado".

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"Isto já parece um filme de ficção científica", disse uma cidadã à passagem da reportagem da Lusa.

Nas estradas entre Benfica e Sete Rios, o civismo tem sido visível, com os automobilistas a respeitar as passagens nas passadeiras, apesar de não haver semáforos.

Nas praças de táxis, não há veículos pretos e verdes para apanhar. Ouvem-se alguns carros de bombeiros e da polícia em emergência, como tem acontecido noutras zonas da cidade nas últimas horas.

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Alguns restaurantes encontram-se a funcionar e, a par das churrasqueiras, apostam nos grelhados, conforme o aroma que circula pelo ar.

Nos minimercados e nas lojas de conveniência que ainda se encontram abertos na freguesia de São Domingos de Benfica há muitas pessoas a comprar água e velas.

Também nas lojas de fruta e legumes as pessoas fazem fila porque as contas têm de ser feitas à mão.

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Já no bairro de Benfica, os supermercados encontram-se na maioria fechados e aqueles que se encontram a funcionar, de forma condicionada, têm filas à porta.

Os bancos estão igualmente encerrados e os multibancos não funcionam.

A Lusa constatou também que o comércio local está a fechar gradualmente.

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Há filas nas paragens dos autocarros, que muitos passam cheios e por isso nem sempre não param.

No Centro Comercial Colombo, as pessoas foram convidadas a sair após o apagão e apenas são autorizadas a entrar caso se dirijam até ao hipermercado Continente.

Com receio de que a comida se estrague e descongele, vários lojistas do centro comercial, impossibilitados de trabalhar, decidiram aproveitar para "ir comprar qualquer coisa", como referiu à Lusa Lurdes Amorim.

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Trabalhadores do hipermercado confirmaram que os pagamentos por multibanco continuavam operacionais.

"Fomos apanhados desprevenidos", sublinhou Lurdes Amorim, acrescentando que "todas as lojas no centro estão sem eletricidade, à exceção do Continente".

Um responsável de segurança do Colombo garantiu que todas as pessoas que estavam na altura do apagão a utilizar o elevador saíram sem quaisquer problemas, uma vez que, em caso de falhas de energia, os elevadores descem até ao piso 0 e abrem automaticamente as suas portas.

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Pelas 15:00 já havia filas imensas nas caixas do Continente, com pessoas com ar conformado à espera e outras mais impacientes. Há quem pareça fazer as compras do mês, com os carrinhos cheios, e há quem que espere muitos números para ser atendido na zona das refeições feitas.

As portas exteriores do centro comercial já estão a ser controladas, lembrando os tempos da pandemia de covid-19.

Ali bem perto, o Centro Comercial Fonte Nova encontra-se encerrado.

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Na Segunda Circular, tanto no sentido Aeroporto, como no sentido Benfica, o trânsito faz-se com muita intensidade.

Na ponta oposta da cidade, junto à Gare do Oriente, a Lusa constatou também haver muitas pessoas na rua e que os geradores da estação já estão desligados, depois de terem estado a funcionar até cerca das 13:30.

O Centro Comercial Vasco da Gama, junto à Gare do Oriente, foi encerrado.

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Há grandes filas para os cafés que ainda estão abertos na zona e para as caixas ATM que estão em funcionamento.

Também na zona das camionetas do Parque das Nações encontram-se muitas pessoas concentradas.

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