Diretor da Saúde ataca hippies antivacinas

O diretor-geral da Saúde, Francisco George, criticou esta quarta-feira na Assembleia da República a moda "bizarra e hippie" de pais que não vacinam os filhos. A atualização de ontem da situação epidémica do sarampo em Portugal dá conta de 25 casos confirmados – o último é de um médico – e 95 notificações desde o início de janeiro. Há ainda o registo de um óbito.

Na audição na Comissão Parlamentar, a pedido do PCP, Francisco George afirmou "não ser compreensível nem aceitável" que uma mãe ou um pai não proteja os filhos. "Há um dever social que os pais têm de proteger as crianças e de não os expor aos riscos e que passa pela imunização", sublinhou o diretor-geral da Saúde.

Os deputados dos vários partidos quiseram saber a opinião de Francisco George acerca da obrigatoriedade da vacinação, mas aquele responsável afirmou que essa decisão cabe à Assembleia da República. Explicou que não considera necessário a obrigatoriedade, porque o País regista uma elevada taxa de vacinação obtida de forma voluntária.

Para travar o aumento de casos de doença, os centros de saúde já convocaram centenas de pessoas para a vacinação. Metade dos casos de sarampo é de profissionais de saúde.