Greve contra ‘apagão’ de 10 anos de carreira
Fenprof anuncia paralisação para dia 27, juntando-se à greve da Função Pública.
A Fenprof vai entregar um pré-aviso de greve para a próxima sexta-feira, dia 27, juntando-se assim à greve da Função Pública marcada pela Frente Comum. Em causa está sobretudo o processo de descongelamento das carreiras e o ‘apagão’ dos cerca de 10 anos em que a classe se viu impedida de progredir (de 2005 a 2007 e de 2011 a 2017).
Segundo Mário Nogueira, líder da Fenprof, este ‘apagão’ contrasta com a situação de outros funcionários públicos que verão todos os anos de serviço congelados convertidos em pontos a partir de janeiro de 2018.
"É uma discriminação inaceitável", disse Nogueira, lembrando que a secretária de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, já admitiu, em reunião com os sindicatos e numa entrevista, que as carreiras cuja progressão é ditada pelo tempo de serviço vão ver o tempo congelado ser anulado.
O dirigente sindical garante que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, recusou receber a Fenprof e colocou-se à margem do processo de descongelamento, remetendo-o para as Finanças. Nogueira acusa Brandão Rodrigues de "falta de dimensão política", lembrando que na Saúde e na Justiça foram os ministros que negociaram, e apelou à intervenção do primeiro-ministro.
A Fenprof diz ter noção do impacto orçamental do descongelamento e quer negociar. Garante que não tem "uma posição de tudo ou nada" e fixa 2021 como meta para concluir o processo.
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