Greve dos trabalhadores não docentes faz Governo refletir

A greve dos trabalhadores não docentes teve uma adesão de “mais de 85%” e encerrou a “maioria das escolas”, segundo Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais: “Há concelhos sem uma única escola aberta.” Foi convocada para exigir aumentos salariais, criação de uma carreira especial, revisão da portaria de rácios, que determina o número de trabalhadores por escola, e uma reversão do processo de municipalização.

Ao CM, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) não adiantou números da adesão, mas admitiu analisar o processo de municipalização, tendo anunciado uma reunião do ministro, no dia 8, com a Associação Nacional de Municípios Portugueses “para iniciar uma reflexão e uma avaliação da transferência de competências para os municípios em matéria de Educação”. O MECI admite fazer “mudanças e melhorias” e considera necessário “reforçar a articulação entre os municípios e as escolas, para melhorar as condições de trabalho do pessoal não docente.