Hospitais obrigados a contratar

Unidades com dificuldade em assegurar as urgências.

27 de agosto de 2015 às 02:30
27-08-2015_01_58_29 19 hospitais.jpg Foto: Getty Images
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A redução de 24 para 12 horas de trabalho contínuo dos jovens médicos internos no Serviço de Urgências vai criar dificuldades aos hospitais. Como solução, as unidades terão de contratar clínicos para assegurar as Urgências ou recorrer às horas extras, a 30 euros à hora pagos aos especialistas, segundo administradores hospitalares.

"O contributo dos internos nas Urgências é importante mas precisamos de contratar, em média, 15 médicos. A redução do horário obriga-nos a recorrer a novas contratações individuais ou a empresas, porque não temos profissionais suficientes", afirmou ao CM Solari Allegro, presidente do conselho de administração do Hospital de Santo António, no Porto. Otorrino, ortopedia e medicina interna são especialidades que têm equipas compostas por um interno e um especialista. "Se não posso contar com um interno a partir de certo horário, não tenho médicos para o substituir nem capacidade para ter mais internos em formação", exemplificou.

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Marta Temido, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares sublinhou ao CM a importância da redução do horário contínuo em prol da "qualidade e segurança dos cuidados". Porém, reconhece que a medida irá "criar dificuldades" aos hospitais.

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