IAC quer combate à violência com apoio psicológico
Programas de recuperação psicológica das vítimas.
A vice-presidente do Instituto de Apoio à Criança (IAC) defendeu este domingo a criação de um plano nacional de combate à violência sobre as crianças que contemple programas de recuperação psicológica das vítimas e de formação para os profissionais.
Para que os crimes contra crianças "deixem de ser tabu não basta que se fale, é preciso agir e são necessárias medidas que tenham eficácia, porque não haverá recuperação [das vítimas] se não houver um apoio psicoterapêutico muito intensivo", disse Dulce Rocha, que falava à Lusa a propósito da 'Conferência Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente', que assinala na segunda-feira, em Lisboa, o Dia Internacional das Crianças Desaparecida.
A conferência decorre numa altura em que está na Assembleia da República a proposta de lei do Governo que visa transpor para a ordem jurídica interna a diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho da Europa de dezembro de 2011 relativas à prevenção e à proteção das crianças contra os abusos sexuais e a exploração sexual de crianças e a pornografia infantil.
Para Dulce Rocha, a proposta de lei fica "aquém da diretiva" nalguns aspetos, nomeadamente na questão dos programas e medidas de prevenção preconizados na diretiva e na Convenção de Lanzarote.
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