Idosa morre esmagada pelo elevador de carga em lar de Tomar
Cadeira tombou em elevador. PSP deu conhecimento ao Ministério Público.
Maria da Conceição, de 93 anos, tinha acabado de almoçar e preparava-se para ir descansar no quarto quando o acidente ocorreu. A cadeira de rodas onde estava sentada tombou para trás e a idosa caiu desamparada no piso do elevador de carga onde se encontrava sentada; e morreu esmagada pela viga do piso superior do lar 'Villa das Maias', em Tomar, onde estava a residir.
Segundo apurou o CM, a plataforma só tem caixa interior em três dos lados e a cadeira de rodas tombou precisamente para o lado sem qualquer proteção. O elevador monta cargas deveria ser utilizado apenas para o transporte de carga e não de pessoas, não tendo sido possível apurar em que circunstâncias a idosa foi colocada no seu interior e quem acionou o botão de subida.
O proprietário do lar 'Villa das Maias' recusou este sábado prestar declarações ao CM no local.
Eram 14h08 de sexta-feira quando foi dado o alerta para os Bombeiros Sapadores de Tomar, dando conta de que duas idosas se encontravam presas no elevador.
Só à chegada é que as equipas de socorro se aperceberam da gravidade da situação. Dentro do monta cargas encontrava-se outra idosa em cadeira de rodas, que não terá dado conta do que tinha acabado de acontecer, uma vez que estava de costas para a vítima e foi retirada pelas equipas de socorro de forma a não ter contacto visual com o corpo de Maria da Conceição.
Também os outros utentes do lar foram poupados à imagem dramática do corpo da vítima entalado entre a plataforma elevatória e a viga, já que se encontravam numa sala de estar de onde não se avista o elevador.
A morte foi confirmada no local pelo médico que presta serviço no lar e o corpo removido para autópsia pelos Bombeiros Sapadores de Tomar.
A PSP tomou conta da ocorrência e deu 'conhecimento dos factos ao Ministério Público', disse ao CM fonte da direção nacional da PSP.
O edifício foi construído para ser uma habitação, mas recebia idosos pelo menos nos últimos dez anos. Este sábado, no local, não foi possível observar a presença de qualquer idoso. Apenas o proprietário se encontrava no local.
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