INEM contesta aumento do subsídio mensal às VMER
Consideram ser "um financiamento camuflado".
A comissão de trabalhadores do INEM considerou este domingo "um financiamento camuflado" aos hospitais o aumento do subsídio mensal às Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), afirmando que os beneficiários são apenas os profissionais que integram as VMER.
O despacho publicado na sexta-feira "promove um financiamento camuflado dos hospitais, únicos responsáveis pela contratação e pagamento dos profissionais que integram as VMER e que são beneficiários da utilização desses mesmos meios para efetuar transportes inter-hospitalares", refere a comissão de trabalhadores, em comunicado.
Segundo despacho, assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, o subsídio mensal fixo a atribuir pelo INEM por cada meio VMER integrado é aumentado para o dobro, fixando-se nos 6.800 euros.
Para a comissão de trabalhadores, este aumento representa um custo adicional para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de 1.713.600 euros por ano.
No comunicado, a comissão de trabalhadores refere que mais de 900 técnicos do INEM estão à espera de um aumento e os enfermeiros tem um valor substancialmente mais baixo do que os enfermeiros externos que trabalham nas VMER e helicóptero de emergência.
A comissão de trabalhadores refere que o despacho "promove a dualidade de tratamento e a discriminação negativa dos trabalhadores, numa desigualdade ironicamente patrocinada pelo próprio INEM". Nesse sentido, a comissão de trabalhadores realiza uma assembleia-geral extraordinária, na quarta-feira, e ameaça promover "as formas de luta necessárias e adequadas para garantir a promoção de uma justiça salarial".
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