Inverno pode atrasar cirurgias não urgentes
Em causa está o aumento de procura dos serviços nos meses frios.
O aumento da procura dos serviços de saúde no inverno, devido ao frio, pode obrigar os hospitais a desviar meios para acudir a doentes urgentes, afetando a redução das cirurgias não urgentes. O alerta é do presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, em reação a uma portaria do Ministério da Saúde que prevê que os hospitais do SNS definam até 31 de dezembro a lista de doentes que ultrapassaram o Tempo Máximo de Resposta Garantido nas cirurgias não urgentes e que conseguem operar até agosto de 2025.
Os que não forem operados, serão encaminhados para os privados, sendo a ‘conta’ paga pelos hospitais de origem, como já acontece. Mas Xavier Barreto considera que pode ser injusto, e exemplifica com serviços que possam ter perdido cirurgiões nos últimos meses e que tenham uma grande lista de espera: “Seria muito injusto responsabilizá-los por essa lista de espera e pedir-lhes que paguem essas cirurgias ao privado”. “Se os hospitais têm dificuldade em recrutar médicos, isso deve-se também àquilo que não foi feito pela tutela nos últimos anos.”
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