IPO do Porto confirma que "nenhuma das abordagens médicas apresentou eficácia" no tratamento de jovem de 23 anos
Ângela fez apelo nas redes sociais para receber ajuda de outros especialistas.
O IPO do Porto confirmou ao CM que Ângela Pereira, a jovem de 23 anos diagnosticada com uma doença oncológica e que fez um apelo nas redes sociais para receber ajuda de outros especialistas, apresenta um “prognóstico muito reservado”.
“O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto) esclarece que a doente se encontra a ser acompanhada num centro altamente diferenciado para o tratamento da patologia em causa, por equipas com elevada experiência em hematologia, transplante de medula, infeções oportunistas e complicações associadas”, começa por referir o comunicado.
De acordo com a instituição, Ângela apresenta um “contexto clínico de altíssimo risco”. Realizou já vários tratamentos, nomeadamente, “terapêutica com seis linhas diferentes de quimioterapia, um autotransplante de medula óssea e um alotransplante de medula óssea a partir de um dador relacionado”. “Em consequência do grau de imunossupressão resultante das terapêuticas anteriores, desenvolveu um quadro de aspergilose invasiva que foi resistente a todos os antifúngicos disponíveis, incluindo combinações de medicamentos. Em virtude da ineficácia dos antifúngicos em controlar a doença foi decidido submeter a doente a uma cirurgia aos pulmões”, explica ao CM o IPO do Porto.
A jovem, natural de Viana do Castelo, apresenta atualmente um “prognóstico muito reservado”. Perante o quadro clínico, “foi solicitado o apoio de Cuidados Paliativos que, em conjunto com a equipa de transplantação, fez um ajuste terapêutico de acordo com a condição clínica”. O IPO refere também estar a ser “prestado apoio psicológico para tentar ajudar a doente a enfrentar a grave condição clínica que enfrenta”.
O IPO do Porto termina o comunicado reafirmando “o compromisso com cuidados rigorosos, humanizados e tecnicamente diferenciados, garantindo que todas as decisões clínicas são tomadas com base na melhor evidência científica e com profundo respeito pela dignidade dos seus doentes”.
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