Ler Os Maias no secundário vai deixar de ser obrigatório

Novas "aprendizagens essenciais" prevêem que seja ensinado apenas um romance de Eça de Queirós.

18 de julho de 2018 às 11:46
Eça de Queirós Foto: Getty Images
livro, dia mundial, escritores Foto: D.R.

1/2

Partilhar

A partir do próximo ano lectivo, ler Os Maias

ou A Ilustre Casa de Ramires, ambas de Eça de Queirós,

Pub

A partir do próximo ano lectivo, ler Os Maias ou A Ilustre Casa de Ramires, ambas de Eça de Queirós, vai deixar de ser obrigatório. Segundo noticia o Público esta quarta-feira, esta medida faz parte das novas "aprendizagens essenciais" que vão substituir as "metas curriculares" implementadas pelo anterior ministro da Educação Nuno Crato.

Medida já aplicada em 230 escolas do projecto-piloto de flexibilidade curricular, vai passar a ser aplicada de forma generalizada nos anos iniciais de cada ciclo (1.º, 5.º, 7.º e 10.º ano). Em 2019/2020 os exames vão passar a avaliar "o que está disposto nas aprendizagens essenciais", explicou o Ministério da Educação jornal.

"Há uma diminuição das obras propostas para leitura, que coexiste com o alargamento das opções que podem ser tomadas pelos professores", revelou Filomena Viegas, a presidente da Associação de Professores de Português (APP). Enquanto em anos anteriores

Pub

 estava especificado que Os Maias e A Ilustre Casa de Ramires tinham de ser obrigatoriamente estudados, a partir de agora apenas se exige a leitura de uma obra de Eça de Queirós. 

O mesmo vai acontecer com obras de Almeida Garrett, Alexandre Herculano ou Camilo Castelo Branco – onde apenas será necessário "escolher um romance" – e poemas de Antero de Quental ou Cesário Verde – onde será exigido "escolher três poemas".

"O que interessa é conhecer a obra do autor, pois qualquer leitura feita deve permitir fazer outras", disse a presidente da APP.  

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar