Maioria dos portugueses quer União Europeia a proteger mais os cidadãos, mas desconhece orçamento a longo prazo
Alargamento da UE é o tópico que menos preocupa os cidadãos nacionais (6%).
A maioria dos portugueses inquiridos pelo Parlamento Europeu (PE) consideram que a União Europeia (UE) deveria proteger mais os cidadãos nos próximos anos, mas 60% não está a par do orçamento a longo prazo, segundo o Eurobarómetro.
De acordo com a iniciativa estatística do PE, divulgado esta quarta-feira, 80% dos cidadãos nacionais inquiridos consideram que, nos próximos anos, a UE vai ter um papel "mais importante" na proteção dos cidadãos dos 27 países do bloco político-económico europeu e a presença no panorama geopolítico internacional.
A percentagem de portugueses que acredita que a UE vai ter um papel mais importante no 'palco mundial' e na segurança dos cidadãos está acima da média das 27 nações (68%).
Apenas 10% dos portugueses acha que tudo vai ficar na mesma e 5% é da opinião que o papel do bloco comunitário vai ser "menos importante".
Dos cidadãos de Portugal que participaram neste inquérito, 38% considera que a competitividade, a economia e a indústria deviam ser a prioridade da UE, apesar de este número ter descido três pontos percentuais. Esta preocupação está ligeiramente acima da média europeia (32%).
A defesa e a segurança são a segunda maior preocupação para os portugueses (31%), ainda assim, abaixo da média europeia (37%).
O alargamento da UE é o tópico que menos preocupa os cidadãos nacionais (6%).
Dos inquiridos a nível nacional, 60% responderam "sim, provavelmente" quando questionados se no futuro deveria haver mais projetos financiados pela EU.
No entanto, 64% dos portugueses não ouviram o que quer que seja sobre o próximo orçamento da União Europeia, o Quatro Financeiro Plurianual, em linha com a média da UE (60%).
Do total de inquiridos, 28% ouvir falar sobre o orçamento da UE a longo prazo, "mas não sabe o que é".
Portugal está perfeitamente alinhado com a média dos países do bloco comunitário europeu (30%) relativamente à preocupação das consequências desses orçamento a longo prazo para o país.
Já 61% dos portugueses considera "muito importante" a transparência do Quadro Financeiro Plurianual e 58% consideram igualmente "muito importante" que haja flexibilidade na execução para poder responder a eventos imprevistos, como catástrofes ou flutuações dos mercados.
O Eurobarómetro inquiriu 26.410 pessoas, com idades a partir dos 15 anos, nos 27 Estados-membros da UE, de maneira presencial (exceto nos Países Baixos, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Malta, onde as entrevistas foram por videoconferência), entre 05 e 29 de maio.
Deste total, inquiriu 1.030 portugueses.
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