Mais portugueses procuram melhores condições de vida no estrangeiro

Há três anos que cresce o número de emigrantes permanentes. Maior parte são jovens com licenciatura.

23 de junho de 2025 às 01:30
No último ano partiram de Portugal 33 916 pessoas para residirem por um período igual ou superior a um ano no estrangeiro, em particular na União Europeia Foto: Manuel Baltazar
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Há três anos que cresce o número de emigrantes permanentes que procuram no estrangeiro melhores condições de vida. No ano passado saíram 33 916 pessoas, depois de 33 666 em 2023 e de 30 954 em 2022. Nestes três anos, a população que deixou o País por um período igual ou superior a um ano totaliza perto de cem mil pessoas, o equivalente a 1% da população portuguesa.

Os dados agora divulgados pelo INE indicam que na maior parte são homens que partem (22 821) numa proporção de praticamente o dobro das mulheres que deixam o País (11 095). Em 2021, devido às restrições de circulação aplicadas pela Covid-19, Portugal registou uma inversão na emigração. Depois de 2020 terem saído 25 986 pessoas, no ano seguinte foram 25 079. Em 2022, o fim das restrições resultantes da Covid-19 marcam o regresso da mais recente vaga da emigração portuguesa, fenómeno também designado por ‘regresso da mala de cartão’, por os países de destino (União Europeia) serem os mesmos por referência à emigração que ocorreu na década de 70 do século passado. Esta nova vaga apresenta, contudo, um perfil em termos de escolaridade diferente.

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As ‘Estatísticas Demográficas - 2023’ indicam que 42,3% têm uma licenciatura e 34,2% completaram o ensino secundário (12.º ano). Por faixa etária, a maior parte dos emigrantes permanentes é jovem: 7650 com idades entre os 25 e 29 anos e 6923 entre os 20 e os 24 anos.   

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