Mais vagas em cursos para professores e médicos

Instituições podem abrir máximo de vagas em Educação Básica e Medicina para atrair profissionais.

11 de janeiro de 2025 às 01:30
O despacho do Governo com as novas orientações foi publicado ontem em 'Diário da República' Foto: Victor Sousa/Movephoto
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Os cursos de Educação Básica para formação de professores e educadores (do pré-escolar ao 2.º ciclo) vão poder aumentar as vagas de ingresso no próximo ano letivo até ao limite máximo de admissões previsto pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. O despacho do Governo, publicado ontem, alarga também essa possibilidade aos mestrados em Medicina, tal como no ano passado. O objetivo é combater a falta de professores e de médicos. As vagas deverão ser divulgadas em 17 de fevereiro, mais cedo do que nos anos anteriores, para facilitar a vida dos estudantes.

“Penso que haverá um aumento de vagas para cursos de Educação Básica, mas não será muito grande”, afirmou ao CM Rui Antunes, presidente da Escola Superior de Educação (ESE) de Coimbra. “O máximo de vagas desceu em 20 a 30% com Nuno Crato e agora volta a subir.

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Estes cursos não preenchiam todas as vagas porque havia dúvidas sobre o futuro profissional, mas agora há perspetivas de emprego e o número de candidatos deve aumentar”, refere Rui Antunes, que aponta, contudo, um problema nos mestrados em ensino que habilitam profissionalmente para a docência.

“O modelo de financiamento em vigor desde 2024 desvaloriza os mestrados em ensino, em contraciclo com o proclamado interesse. As propinas nos mestrados são de fixação livre pelas instituições, exceto os de formação de professores, cuja propina é igual à de uma licenciatura, cerca de 700 euros e inferior às dos outros mestrados, todos acima dos 1000 euros. Isto coloca as instituições em sérias dificuldades para financiar os cursos”, revela o responsável da ESE de Coimbra.

Os mestrados em ensino são a última etapa da formação de professores e o despacho recomenda o aumento das vagas.

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À semelhança dos anos anteriores, os cursos em competências digitais e os mais procurados por alunos de excelência podem aumentar o número de lugares disponíveis em 10% face ao ano anterior. As instituições passam também a poder fixar vagas para estudantes internacionais nos cursos de Medicina.

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