Marcelo refugiado leva livros e papel
Presidente da República em iniciativa de sensibilização.
O desafio foi lançado a todos os alunos do ensino Básico e Secundário, mas o Presidente da República não deixou ontem de participar na iniciativa ‘E se fosse eu? Fazer a mala e partir’. Livros, papel e caneta fariam parte dos objetos escolhidos por Marcelo Rebelo de Sousa para o confortarem numa fuga à guerra, imaginando-se refugiado.
"Como sou muito desprendido, trazia poucas coisas, que não enchiam a mochila. Trazia livros, porque gosto de ler, talvez trouxesse papel e caneta ou lápis para escrever. Certamente telemóvel e carregador para poder saber o que se passava no Mundo. Eu, que tenho a mania das doenças, não levava medicamentos", revelou o Chefe de Estado, numa sessão na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa discursou para um auditório repleto de jovens e defendeu que Portugal pode ajudar mais. "Há países mais ricos que recebem menos [refugiados] do que nós. Se não recebemos mais, não é por falta de vontade", afirmou, referindo-se às dificuldades causadas pela "burocracia" europeia.
Para sensibilizar os jovens para o drama dos refugiados, e pedindo-lhes que sejam um exemplo para "os mais velhinhos", recordou os retornados de África e descreveu o desespero que sentirá quem vive na esperança de chegar à Europa.
A visita de António Costa à Grécia, na segunda-feira, servirá "precisamente para dizer que Portugal está aberto a receber mais gente", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.
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