Maré vermelha com organismos tóxicos nas praias algarvias

Perigo para pessoas depende do nível de toxicidade. Chuva que se tem feito sentir afastou banhistas.

19 de junho de 2019 às 01:30
Maré vermelha no Algarve Foto: André Guerreiro
Maré vermelha no Algarve Foto: Direitos Reservados
Maré vermelha na Quarteira Foto: Twitter

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As análises às algas que formaram uma maré vermelha no mar, entre Olhão e Albufeira, detetaram a presença de organismos tóxicos. Por determinar está o nível de toxicidade e os efeitos que eventualmente possam provocar nas pessoas.

A situação vai ser analisada esta quarta-feira, numa reunião, na delegação da Agência Portuguesa do Ambiente, em Faro, onde também vai estar a delegada regional de Saúde. Só depois será tomada uma decisão sobre um eventual levantamento da interdição a banhos nas praias naqueles cerca de 20 km de costa.

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Esta terça-feira, o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) decretou a interdição de apanha e comercialização de todo o tipo de bivalves, no mar, na faixa entre Lagos e Olhão.

Com a chuva que se sentiu esta terça-feira e também está prevista para esta quarta-feira, no Algarve, a situação não tem afetado grandemente os banhistas.

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Sobre um eventual impacto na imagem da região como destino turístico, João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, desvaloriza, mas garante que a situação tem sido acompanhada num contacto permanente com o Turismo de Portugal.

Mariscadores ponderam acionar fundo

Os mariscadores das zonas afetadas esperam para ver a evolução da situação, mas "se a situação se prolongar por vários dias, vamos ter de acionar o fundo de compensação salarial", disse, esta terça-feira, ao CM, Miguel Cardoso, da organização de produtores de pesca Olhãopesca.

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Além de proibir a apanha de bivalves na costa entre Lagos e Olhão, o IPMA admite "alargar a interdição cautelar a zonas limítrofes, que possam ser afetadas".

PORMENORES

Informação internacional

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O Turismo de Portugal tem dado informação sobre a situação aos operadores turísticos e meios de comunicação social internacionais "para que não haja um alarme injustificado", referiu João Fernandes.

Medidas preventivas

Tanto a Agência Portuguesa do Ambiente como o IPMA dizem que as interdições a banhos e à apanha de bivalves foram "cautelares". As autoridades acreditam que a mancha vermelha se possa dissipar em breve.

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Efeitos nocivos

Caso se registem níveis de toxicidade nocivos para as pessoas, os efeitos podem passar por vómitos ou gastrenterites. O principal perigo prende-se com a ingestão de água onde estejam os organismos.

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