Masturbação afeta saúde mental de mais de dois terços dos homens. Mulheres sentem-se pior com sexo casual
Sentimento de culpa é apontado como um dos fatores que leva os inquiridos a apresentar sintomas como depressão, ansiedade, tristeza e agitação após estas práticas sexuais.
O estudo foi publicado no Journal of Sex & Marital Therapy e centrou-se nos seguintes contextos sexuais: relações, sexo casual e masturbação. 156 pessoas com mais de 18 anos e sexualmente ativas foram inquiridas.
A investigação concluiu que a disforia pós-coito, ao contrário do que o nome indica, pode ocorrer em múltiplos contextos sexuais, algo anteriormente desconhecido. As taxas de prevalência de disforia pós-coito nas relações com vínculo foram substancialmente menores às verificadas no caso da masturbação e do sexo casual. No caso dos homens, a masturbação é um gatilho (72,5%), seguido do sexo casual (49%) e das relações com vínculo (21,6%). Para as mulheres, o sexo sem compromisso é um principal responsável pelos sentimentos de tristeza (77,1%), seguido da masturbação (51,4%) e das relações com vínculo (11,4%).
O estudo apresenta uma limitação no que toca ao tamanho da amostra. Apesar de ter chegado a conclusões significativas, os investigadores indicam que será necessária a extensão do estudo numa escala maior para chegar a conclusões mais precisas.
A disforia pós-coito (DPC), também designada por sintomas psicológicos pós-coito (SPP) ou "blues pós-sexo", é caracterizada pela experiência de emoções negativas, tais como choro, tristeza, depressão, ansiedade, agitação ou agressão após uma relação sexual satisfatória.
Uma possível teoria que sustenta a disforia pós-coito é a teoria da vinculação. Esta sugere que as experiências vividas no início da vida desempenham um papel muito importante no desenvolvimento de uma visão estável de si próprio e dos outros nas relações românticas.
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