Médico denuncia ameaças de morte

O médico de Pedro Santana Lopes, Manuel Pinto Coelho, clínico de 61 anos conhecido por trabalhar na área de recuperação de toxicodependentes, está há um ano a receber ameaças de morte. Pinto Coelho apresentou queixa e a Polícia Judiciária (PJ) já está a investigar o caso.

23 de setembro de 2009 às 00:30
Médico denuncia ameaças de morte Foto: João Cortesão
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O clínico começou por receber telefonemas durante os quais ninguém falava e depois passou a receber mensagens  igualmente anónimas. “Faz as malas, vais para o Além, vais de avião”, foi uma das últimas mensagens recebidas. Questionado pelo CM sobre o motivo que poderá estar na origem destas ameaças, o médico afirmou que a razão só pode ser uma: a queixa que apresentou em 2007 na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), gerido por João Goulão. “Comecei a receber as ameaças precisamente na altura em que as pessoas começaram a ser ouvidas ”, referiu.

O médico de Santana Lopes denunciou à PGR o “uso de dinheiros públicos para eventuais benefícios pessoais de dirigentes da Associação de Recuperação de Toxicodependentes Ares do Pinhal” e acusou os mesmos dirigentes, que na altura exerciam simultaneamente cargos no IDT, de se tornarem “juízes em causa própria”.

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Na queixa-crime, Manuel Pinto Coelho referia-se sobretudo ao psiquiatra Nuno Silva Miguel, que dirigia a Ares e que era assessor do conselho de administração do IDT, e a Rodrigo Coutinho, que também tinha um cargo na mesma associação privada.  Segundo apurou o CM junto da PGR, o processo de investigação “está em fase de conclusão”.

Em declarações ao CM, João Goulão afirmou  que “tem coisas mais importantes para se preocupar do que com as suposições paranóicas do dr. Manuel Pinto Coelho”. Nuno Silva Miguel, da Ares do Pinhal, sediada em Mação, recusou comentar o assunto.

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