Médicos querem jovens profissionais nos centros de saúde
Defendem concursos de admissão "justos, transparentes e céleres".
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, manifestou-se esta quarta-feira de acordo com a intenção do Governo de colocar jovens médicos nos centros de saúde, defendendo concursos de admissão "justos, transparentes e céleres".
Em declarações à Lusa, José Manuel Silva comentou as declarações à rádio TSF do coordenador nacional para a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na área dos Cuidados de Saúde Primários, Henrique Botelho, segundo as quais o "meio principal" para resolver o problema da falta de médicos de família será "a fixação dos jovens acabados de sair do internato e que nos últimos anos foram 'afugentados do país'".
O bastonário concordou com a intenção do Governo, mas reiterou que, "no imediato", a questão só se resolve contratando médicos de família reformados. Para José Manuel Silva, o problema de falta de clínicos a exercer no SNS "resolve-se com os jovens que estão atualmente a ser formados como especialistas de medicina geral e familiar a um ritmo de 400 por ano".
O bastonário insistiu na ideia de que em Portugal não há falta de clínicos mas de concursos "justos, transparentes e céleres" para admissão no Serviço Nacional de Saúde.
No entanto, alertou que, no imediato, a questão só se "resolve contratando médicos de família reformados", salientando que o atual Governo tomou uma "medida justa" ao possibilitar que os clínicos reformados possam acumular a sua pensão com 75% do salário.
O bastonário lembrou que nos últimos quatro anos emigraram mais de mil médicos de família devido "às dificuldades de contratação criadas pelo anterior Governo", e também pela desqualificação do trabalho médico e a "enorme pressão burocrática" sobre aqueles.
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