Medo de violência obriga alunos a sair da escola
Turma começou com 17 alunos mas já só tem 15. Comportamento agressivo em causa.
Familiares do aluno de seis anos, que foi suspenso por comportamento violento, concentraram-se ontem à porta da Escola do 1º Ciclo de Mesquitela, em Mangualde, em protesto contra a decisão, e impediram a entrada de alunos, professores e funcionários.
"É verdade que a mãe, o padrasto e uma prima da criança reagiram de forma negativa à suspensão aplicada e tentaram obstaculizar o funcionamento da escola, mas a intervenção da GNR volveu tudo ao normal", explicou Agnelo Figueiredo. O diretor do Agrupamento de Escolas de Mangualde disse ainda "não ter ficado surpreendido", uma vez que "conhece bem os intervenientes". A suspensão por 10 dias, limite máximo por lei, foi aplicada depois de na terça-feira o aluno ter protagonizado outro episódio de violência. A criança mordeu uma colega, de nove anos, que teve de ser assistida no centro de saúde local.
Os casos de violência têm-se acumulado ao longo das últimas semanas, tal como noticiou o CM no passado dia 2. Pedro sofre de hiperatividade e tem ataques de fúria e, há cerca de uma semana, atirou cadeiras e mesas para o rés-do-chão da escola, bem como material escolar, obrigando a professora a suspender as aulas. "Este comportamento, do qual só tomei conhecimento este ano, tem levado a que os colegas procurem outra escola", referiu Agnelo Figueiredo. A Escola de Mesquitela iniciou o ano letivo com uma turma de 17 alunos mas atualmente conta apenas com 15.
O diretor garantiu que "o medo está instalado e que nos próximos dias terá de ser encontrada uma solução, a bem da comunidade escolar". Segundo uma vizinha, "é a falta de atenção e amor em casa que faz com que a criança se torne violenta".
Pedro está a ser observado e orientado por uma psicóloga.
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