Menzies perde concurso para assistência nos aeroportos e vai contestar resultados
Júri do concurso terá escolhido um consórcio espanhol que junta a Clece e a South.
A Menzies (antiga Groundforce) perdeu o concurso para a renovação das licenças de assistência nos três aeroportos do continente Lisboa, Porto e Faro e vai contestar os resultados, adiantou esta quinta-feira a empresa de 'handling'.
Segundo vários meios de comunicação, o júri do concurso terá escolhido um consórcio espanhol que junta a Clece e a South.
"A Menzies Aviation foi ontem [quarta-feira] formalmente notificada dos resultados do relatório preliminar emitido pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) relativamente ao concurso para a renovação das licenças de atividade nos três aeroportos do continente português -- Lisboa (LIS), Porto (OPO) e Faro (FAO)", disse a empresa.
"A Menzies lamenta este resultado e não concorda com a classificação atribuída", assegurou, indicando que acredita que a sua proposta "apresenta excelência operacional comprovada, continuidade e uma força de trabalho plenamente qualificada, composta por mais de 3.500 colaboradores que, de forma consistente, têm prestado serviços de elevada segurança e qualidade aos clientes e à comunidade".
A empresa lembrou que, desde a aquisição da SPdH (antiga Groundforce) pela Menzies Aviation, em 2024, "a empresa tem mantido um forte desempenho operacional, elevados padrões de conformidade e relações laborais construtivas, sustentadas por um Acordo de Empresa que protege os direitos dos colaboradores e assegura a estabilidade dos serviços".
O grupo acredita que a sua proposta "representa o melhor valor global e o menor risco para a ANAC e para o público em geral".
"Com base na análise efetuada às outras propostas apresentadas, consideramos que existem múltiplos fundamentos objetivos e técnicos para contestar o relatório preliminar da ANAC, conforme os prazos estabelecidos pelo procedimento concursal", salientou.
A Menzies disse ainda que está preocupada com a possibilidade de que esta decisão "possa causar perturbações operacionais significativas e incerteza para milhares de colaboradores, clientes e prejudique a estabilidade do setor".
Irá, por isso, "iniciar de imediato o processo formal de recurso e recorrer a todos os meios disponíveis para garantir que a integridade e a equidade do resultado sejam plenamente revistas, conforme estipulado nas regras do concurso".
Contactada pela Lusa, a ANAC disse apenas que "no âmbito do procedimento do concurso os concorrentes foram notificados pelo júri do relatório preliminar" e que se trata de "tramitação normal e regular no âmbito do concurso".
O regulador destacou que "os concorrentes terão agora o período de apresentação da sua pronúncia", salientando que "não foi feito o relatório final, nem existe, nesta fase qualquer decisão ou seleção do prestador de serviços".
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