Metade dos portugueses não viveu a Revolução dos Cravos
Há 44 anos o País acolheu a liberdade de expressão.
A Revolução dos Cravos celebra esta quarta-feira 44 anos e, pela primeira vez, metade da população ainda não tinha nascido quando ocorreu o restabelecimento da democracia, após 48 anos de ditadura.
A população portuguesa atual é estimada em 10,2 milhões, sendo que a idade mediana é de 44 anos. A repartição dos habitantes em dois grupos etários de igual dimensão revela que há 5,1 milhões com mais de 44 anos e uma outra metade abaixo dessa mesma faixa etária.
A revolução realizada pelos militares no 25 de Abril de 1974 abriu caminho à oposição partidária num País que vive desde então com liberdade de expressão. Nos anos seguintes, Portugal registou importantes avanços em termos de bem-estar social. Metade da população nasceu e cresceu num País que generalizou o acesso ao abastecimento de água da rede pública, aos esgotos, à rede elétrica, ao ensino e ao Serviço Nacional de Saúde.
Com o 25 de Abril de 1974 foi criado o salário mínimo e o direito a uma pensão em idade avançada. Metade da população é também fruto de uma mudança profunda que ocorreu no seio da família. Os casamentos caíram para menos de metade e os filhos que nascem fora do casamento são hoje a maior parte.
O número de divórcios atingiu valores comuns à média europeia. Em 2007, foi despenalizado o aborto e, em 2010, autorizado o casamento homossexual.
Mortalidade infantil das mais baixas do Mundo
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt