Mortes por overdose crescem em Portugal

Aumento de casos tem que ver com o reforço da pureza e com a redução dos preços.

08 de junho de 2017 às 01:30
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O número de vítimas mortais por overdose está a aumentar em Portugal desde 2013, a exemplo do resto da Europa e dos EUA. Em 2015, morreram 40 pessoas no País, depois de 37 no ano anterior e 28 em 2013, segundo o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Dados do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência indicam que, em 2015, morreram 8441 pessoas por overdose na Europa, depois de em 2014 terem sido registados 7950 casos fatais. Nos EUA, a morte por overdose lidera entre os menores de 50 anos, com 52 mil casos em 2015 e 60 mil em 2016, segundo a Agência de Combate às Drogas.

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O aumento de casos de overdoses é justificado pelo "reforço da pureza e pela redução dos preços", diz o diretor-geral do SICAD, João Goulão.

A existência de drogas mais perigosas agrava o problema. Todas as semanas surge uma nova substância na UE - como a Flakka, ou droga ‘zombie’, um canabinoíde sintético, e a Krokodil, ou droga canibal.

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Esta última, uma desomorfina capaz de destruir partes do corpo, como os lábios. Em Portugal há casos detetados em cadáveres no Instituto de Medicina Legal e apreensões no Laboratório de Polícia Científica da PJ.

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