Mulheres consomem cada vez mais álcool e drogas
Óbitos por overdose de estupefacientes disparam 41%.
O consumo de álcool e de substâncias ilícitas está a aumentar entre as mulheres. A prevalência de comportamentos de risco entre a população do sexo feminino não atinge - apesar da aproximação histórica - o registo entre os homens, e traduz uma "diminuição do rácio de masculinidade" no consumo de substâncias aditivas, segundo o Relatório Anual 2017 do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).
Entre 2012 e 2017, verificou-se um agravamento do consumo de canábis, com mais de metade dos utilizadores recentes a admitirem um consumo ‘diário ou quase diário’ nos últimos 12 meses, acrescenta o documento.
Face a 2016, o número de mortes por overdose aumentou 41% - dos 259 corpos cuja presença de substância ilícitas foi detetada, 38 (15%) configurava aquele quadro de intoxicação. No ano anterior, tinham sido 27.
No mesmo sentido, foram instaurados 12 232 processos de contraordenações por consumo de drogas, o valor mais elevado desde 2001 (+14% face a 2016). Tal como nos anos anteriores, a maioria dos processos estava relacionada com a posse de canábis.
Os consumidores de canabinoides são cada vez mais jovens e há mais estudantes entre os utilizadores. A tendência não se reflete no número de apreensões: a captura de haxixe (3652) dominou.
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