Não há mercado a longo prazo para quatro operadores, diz CEO da Vodafone

Na Europa há "um problema estrutural" porque "não tem operadores com escala suficiente que possam fazer face aos desafios que outros operadores", referiu ainda Luís Lopes.

23 de outubro de 2025 às 13:48
Vodafone Foto: Getty Images
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O presidente executivo (CEO) da Vodafone Portugal, Luís Lopes, considerou esta quinta-feira que a longo prazo não há mercado em Portugal para quatro operadores de telecomunicações.

"Se me perguntarem a longo prazo, não acredito, não há mercado em Portugal para quatro operadores", afirmou o gestor, num encontro com jornalistas na sede da empresa no Parque das Nações, em Lisboa, a propósito da celebração dos 33 anos da empresa.

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"Ou consolida ou fecha portas, alguma coisa há-de ter de acontecer", prosseguiu Luís Lopes, referindo que é a escala que faz com que os operadores sejam mais competitivos.

Questionado sobre a posição da operadora - se consolida ou é consolidada - Luís Lopes recordou que a Vodafone Portugal tem uma posição que no mercado português "é um ativo apetecível", mas, por outro lado, "tendo essa posição forte coloca-a na posição de potencial consolidadora".

A maior parte dos países "têm três operadores, Portugal fez licenças para ter cinco, a meio do jogo o quinto operador desistiu e quis ser comprado inicialmente por nós, não foi possível" e foi adquirido por outro, passando a quatro.

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Na Europa há "um problema estrutural" porque "não tem operadores com escala suficiente que possam fazer face aos desafios que outros operadores, nomeadamente em economias asiáticas e a norte-americana têm", afirmou o gestor.

Ou seja, "esses operadores operam com escalas que lhes permitem eficiências muito superiores, portanto conseguem produzir retorno que lhes permite ser muito mais rápidos e mais capazes de investir", salientou.

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