“Não há outra hipótese senão túnel de 14 km”: Consórcio da linha de alta velocidade confirma demolição de casas e empresas

Infraestruturas de Portugal indica que só decidirá após avaliação ambiental.

06 de dezembro de 2025 às 01:30
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O consórcio que executará o troço Porto-Oiã da linha de alta velocidade Porto-Lisboa confirma que há dezenas de casas e empresas que serão demolidas. “Não há hipótese de fazer [de outra forma] a não ser passar com um túnel de 14 quilómetros debaixo de tudo”, afirmou António Campos e Matos, da AVAN Norte, esta sexta-feira, à margem da apresentação do projeto, entregue já em setembro à Infraestruturas de Portugal (IP). Em curso está a avaliação de impacto ambiental e o relatório, a concluir até ao fim do ano, “será soberano”, indica Carlos Fernandes, ‘vice’ da IP - que só depois fará a avaliação técnica e jurídica.

O traçado implicará 136 demolições em Vila Nova de Gaia e no Porto, das quais 109 casas e 27 empresas. Segundo as imagens reveladas esta sexta-feira, na Ordem dos Engenheiros, o traçado passará, por exemplo, pela Monteiro e Filho, na zona industrial dos Terços, Canelas, pela fábrica da chocolateira Arcádia, na zona industrial de São Caetano, pelas habitações já identificadas pelo CM na Rua de Ramos ou em Guardal de Cima, já Vilar do Paraíso. A IP indica que “há possíveis otimizações”.

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A mudança da estação de Gaia (prevista para Santo Ovídio) para Vilar do Paraíso vai ganhando força. Quanto à opção, o consórcio indica que “o grande chapéu é a segurança”. Por outro lado, a IP destaca vantagens e inconvenientes: “É à superfície, do ponto de vista de exploração ferroviária é mais interessante porque tem quatro linhas, mas não está garantida a chegada do metro, que terá que ser feita.”

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