Operadores da GNR no 112 há três meses sem suplemento

Associação reclama valor de 144,80 por mês que não estará a ser pago aos militares, ao contrário do que acontece na PSP.

24 de junho de 2025 às 01:30
Centrais do 112 são operadas por elementos da PSP e da GNR
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Os profissionais da GNR em serviço nas centrais 112 estão sem receber o devido suplemento desde março, denunciou esta segunda-feira a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR). "Alegadamente, a GNR não terá abonado estes valores sem dar alguma justificação aos profissionais e entendemos que nada justificaria esta situação, até porque, tanto quanto se sabe, os profissionais da PSP nas mesmas circunstâncias receberam pontualmente os valores devidos", afirma a associação. 

Em causa está um valor de 144,80 euros que pretende compensar "os elevados níveis de exigência e desgaste dos operadores" nos Centros Operacionais 112. "A APG/GNR não aceita que esta gratificação não seja paga de forma tempestiva, até porque os montantes devem ser pagos mensalmente, até ao último dia do mês a que respeitam, nos termos protocolados com os ministérios da Saúde, da Administração Interna, INEM, PSP e GNR." 

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Para César Nogueira, presidente da APG/GNR, o valor está "completamente desatualizado", na medida em que não é revisto há 15 anos, o que tem feito com que as funções exercidas no 112 sejam "cada vez menos atrativas" para os profissionais da GNR. "Nos últimos três concursos de admissão de operadores para o 112, apenas um profissional da GNR concorreu", aponta César Nogueira.

O CM questionou o Comando-Geral da GNR e aguarda resposta.

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