Ordem dos Enfermeiros apoia greve, mas acredita que esta não se vá realizar

Bastonária está convicta de que acordo com Governo se vai concretizar.

22 de agosto de 2018 às 22:00
Ana Rita Cavaco Foto: Inácio Rosa/Lusa
Ana Rita Cavaco Foto: Direitos Reservados
enfermeiros, enfermeiro, xxx Foto: Getty Images

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A Ordem dos Enfermeiros (OE) apoia a greve esta quarta-feira convocada pelos sindicatos do setor, mas acredita que essas estruturas e o governo se vão entender entretanto, disse à Lusa a bastonária da Ordem, Ana Rita Cavaco.

Quatro sindicatos de enfermeiros anunciaram esta quarta-feira uma greve nacional para os dias 20 e 21 de setembro, uma greve apoiada também pelos dois outros sindicatos que não estiveram na conferência de imprensa em que foi anunciada a paralisação.

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Os seis sindicatos estiveram esta quarta-feira reunidos com Ana Rita Cavaco e os seis, disse a responsável, se por um lado estão decididos a fazer a greve também estão disponíveis para uma "mesa negocial" com o Ministério da Saúde, que é o que a OE defende.

"Uma mesa negocial torna o processo muito mais fácil, o que queremos é que o processo de revisão da carreira seja célere", disse Ana Rita Cavaco, acrescentando que a OE apoia a greve mas também está convicta de que ela não se vai realizar porque o ministro da Saúde "vai apresentar uma proposta".

Após uma longa reunião com a seis estruturas sindicais, a bastonária reforçou, em declarações à Lusa, "que o interesse da OE era perceber se os seis sindicatos estão disponíveis para uma negociação conjunta e os seis disseram que estão disponíveis", disse Ana Rita Cavaco, salientando que assim o governo os pode convocar a todos em simultâneo.

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"A OE pediu aos sindicatos para que não se esqueçam dos que estão nos privados e no setor social", disse também a bastonária à Lusa.

Os seis sindicatos dos enfermeiros tinham uma reunião marcada para esta quarta-feira para analisar uma possível proposta do governo às exigências dos sindicatos, mas o executivo não deu qualquer resposta, pelo que da reunião, como os sindicatos já tinham anunciado, saiu um calendário de greves, a primeira a 20 e 21 de setembro.

Em termos gerais os sindicatos querem que o salário mínimo para os enfermeiros se situe nos 1.600 euros mensais, que esteja contemplada a perspetiva de se chegar ao topo da carreira técnica superior, que não haja deterioração de salários, que se valorize o trabalho especializado e que se crie uma categoria na área da gestão, e que melhorem as condições de aposentação.

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