Ordem expulsa psiquiatra por violar paciente grávida
João Vasconcelos Vilas Boas pode ainda recorrer. Família da vítima satisfeita com expulsão
O Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos expulsou o psiquiatra João Vasconcelos Vilas Boas por ter forçado uma paciente grávida de oito meses a ter uma relação sexual no consultório que detinha no Porto. O caso remonta a setembro de 2009 e a vítima continua à espera de receber uma indemnização de 100 mil euros, decidida pelo Supremo Tribunal de Justiça.
O psiquiatra, de 50 anos, foi condenado na 1ª instância a cinco anos de pena suspensa, mas um acórdão polémico da Relação do Porto acabou por absolver o médico. "É uma grande vitória para nós, sentimos que foi feita alguma justiça e que tudo o que se fez, ao denunciar o caso, serviu para ter a certeza de que pelo menos a outras pacientes não irá acontecer o mesmo", disse um familiar da mulher.
O médico pode ainda recorrer para o Tribunal Administrativo da decisão, que foi tomada por unanimidade.
João Vilas Boas entrou, entretanto, com um pedido de insolvência individual. O processo foi extinto porque não pagou as taxas de justiça, mas entregou na Relação um recurso que lhe permitiu pedir apoio judicial. O processo voltou à discussão entre credores, com vista a um acordo.
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