Sacerdote arguido por roubo de arte sacra na Igreja de Santo Condestável

Pedida intervenção da PJ depois de ser conhecido desaparecimento de peças raras.

04 de janeiro de 2018 às 01:30
Marcelo Rebelo de Sousa com o padre António Teixeira em 2015, na apresentação de um livro do sacerdote Foto: Direitos Reservados
Fiéis da Igreja da Madorna, no concelho de Cascais, não acreditam que padre tenha desviado bens da Igreja de Santo Condestável Foto: Direitos Reservados
Polícia Judiciária Foto: Luís Vieira

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O antigo pároco de Santo Condestável, em Campo de Ourique (Lisboa), António Teixeira, foi constituído arguido no âmbito de um inquérito da PJ pelo desaparecimento de arte sacra dessa igreja. Acusação que o padre rejeita.

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Ao CM, o padre António Teixeira disse não poder falar sobre o assunto "por o processo se encontrar em segredo de justiça". Padre há 25 anos, acrescentou que ainda não foi ouvido e que nunca esteve "envolvido num processo semelhante".

Em março de 2017, o Patriarcado de Lisboa, ao tomar conhecimento do desaparecimento das peças da igreja que acolhe o túmulo relicário de D. Nuno Álvares Pereira, pediu a intervenção da PJ. Quando a investigação arrancou, o padre António Teixeira já tinha pedido ao cardeal-patriarca D. Manuel Clemente para ser substituído. Pedido que foi aceite.

No decurso da investigação, o sacerdote foi, entretanto, constituído arguido. No seio da Igreja não exerce atualmente qualquer cargo pastoral. Continua, contudo, a celebrar missa na Igreja da Madorna (Cascais).

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Presidente da República escreveu prefácio

"Surpreendido e chocado", foi como o Presidente da República se manifestou pela investigação ao padre António Teixeira.

"Não esperava isto de uma pessoa que conhecia há tanto tempo das paróquias de Cascais e Carcavelos", disse ao ‘Público’ Marcelo Rebelo de Sousa, que escreveu o prefácio do livro do padre ‘Palavras da Palavra’.

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