Pai de novo acionista da TVI vai ser julgado por branqueamento de capitais

Empresário é acusado de ter delineado um plano, em 2006, para transferir e desmantelar o património da Avilafões para a Lusiaves.

17 de novembro de 2020 às 12:28
Avelino Gaspar, da Lusiaves, pai de Paulo Gaspar
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Avelino Gaspar, presidente do conselho de administração da Lusiaves, grupo de empresas do setor agroalimentar, vai ser julgado por um crime de branqueamento de capitais, em coautoria com Mário Pinto, decidiu o Tribunal de Viseu. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), é acusado de ter delineado um plano, em 2006, para transferir e desmantelar o património da empresa Avilafões, para uma das sociedades do grupo da Lusiaves (Campoaves).

O objetivo seria provocar a insolvência e prejudicar os credores. Em 2009, terá tentado branquear o capital - 1 milhão de euros - numa offshore, a Risa Finance LLC, que, segundo o MP, era administrada pelo próprio empresário. Os arguidos arriscam-se a ter de pagar uma indemnização civil que ultrapassa os 1,6 milhões de euros.

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Ao CM, em setembro, a Lusiaves disse acreditar que, na instrução, seria possível “fazer prova clara e inequívoca que não se verificou qualquer ato censurável ou ilícito”. Tal não se verificou e o caso avança mesmo para fase de julgamento.

Avelino Gaspar, fundador da Lusiaves, é pai de Paulo Gaspar, líder da Triun, sociedade que adquiriu 23% da Media Capital à Prisa, tornando-se no segundo maior acionista da dona da TVI, depois de Mário Ferreira (30,22%). O nome de Avelino Gaspar está proposto para vogal do conselho de administração e presidente da Comissão de Remuneração dos Órgãos Sociais da Media Capital. O do filho, Paulo, para vice-presidente do grupo de media. A assembleia-geral elege os novos órgãos dia 24.

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