Pais querem ajuste direto para obras na pediatria do São João
Concurso público pode atrasar durante anos construção da ala pediátrica, Crianças continuam internadas em contentores.
Os pais das crianças que são seguidas no Hospital de São João no Porto querem que as obras para a construção da nova ala pediátrica sejam feitas por ajuste direto. A Associação Pediátrica Oncológica do Hospital de São João (APOHSJ) alerta que o concurso público, previsto pelo Governo, pode atirar a conclusão da obra "para daqui a quatro, cinco, seis ou sete anos".
"Ninguém consegue garantir uma data. Mas quanto mais depressa a obra começar, mais depressa está pronta. Antes de abril, o arquiteto não vai ter o projeto revisto. Depois, é preciso começar a obra. Nisso é que queremos o ajuste direto. É a única forma de avançar de imediato", afirmou Jorge Pires, porta-voz da APOHSJ, à Lusa.
Jorge Pires esteve, em outubro, na Comissão de Saúde, na Assembleia da República, na qual defendeu a ideia do ajuste direto e aproveitou para denunciar as condições de internamento pediátrico. Segundo este pai, as crianças são internadas em contentores provisórios sem condições.
O responsável lembra que, no Parlamento, "o PS desafiou oposição a criar um regime de exceção para a ala pediátrica do São João, mas o PSD fez a resolução e foi reprovada pelo PS, BE e PCP". "A nossa luta é que a obra se faça o mais rapidamente possível e a única forma é um ajuste direto", explicou Jorge Pires.
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