Pandemia mostra que nada pára o amor

Nem mesmo o distanciamento social impediu as pessoas de se apaixonarem e de criarem novos relacionamentos.

04 de agosto de 2020 às 08:45
Amor em tempos de pandemia Foto: Direitos Reservados
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As histórias multiplicam-se e por todo o Mundo há relatos de casos de amor que nasceram em plena pandemia, apesar da distância, das máscaras, viseiras e luvas protetoras, apesar do gel desinfetante. Os sites para encontros amorosos registaram nos últimos meses maior afluência do que nunca, porque o afastamento social torna o amor ainda mais apetecível. E necessário. Como sempre, a Covid-19 veio mostrar a capacidade do ser humano para se adaptar a qualquer situação.

A psicóloga Vera de Melo diz que as máscaras "filtram a perceção que temos do presente" e que, para a maior parte das pessoas, habituar-se a não ver o rosto dos outros "pode ser algo complexo". "Desde tenra idade desenvolvemos o hábito de avaliar as expressões faciais e as utilizar como guia para o processo de comunicação", sublinha. "O desafio é conseguir verificar a congruência da informação através de outros mecanismos que não as expressões faciais."

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Mas nada disso foi impedimento, por exemplo, para Jeremy Cohen e Tori Cignarella, de Nova Iorque, que se apaixonaram a partir da janela dos respetivos apartamentos. Estes vizinhos, que nunca se tinham visto antes, avistaram-se ao longe e apaixonaram-se. O caso foi divulgado nas redes sociais e tornou-se um símbolo da capacidade do amor de ultrapassar toda e qualquer barreira.

Férias promovem relação quente

O verão é a época mais quente do ano em todos os sentidos e Joana Madeira considera mesmo que existe "mais disposição das pessoas que estão de férias para o sexo".

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Casada há dez anos com o humorista Eduardo Madeira, a atriz revela que os meses quentes são mais propícios a momentos escaldantes e ajudam os casais a ficarem mais "livres", fora das rotinas habituais, e sem horários.

Para "apimentar a relação nos meses de férias", é importante apostar em aventuras a dois e fugir às rotinas de forma a ‘dar gás’ ao romance e estimular a relação. "Apostar em momentos escaldantes, como fazer amor na praia ou nas dunas alimenta o prazer e desejo sexual do casal. É importante manter a confiança no relacionamento e não ter medo de fazer coisas diferentes", disse.

Para investir numa relação duradoura é fulcral não descurar os momentos a dois para a "chama não morrer" e manter o prazer sexual do casal.

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Devido à pandemia de Covid-19, que veio alterar hábitos e rotinas, Joana considera que existe um maior constrangimento no início de uma nova relação, uma vez que a máscara "condiciona o romantismo dos primeiros momentos a dois".

DISCURSO DIRETO

Vânia Beliz, sexóloga, fala da vida sexual

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"Os jovens quebram as regras"

CM – A vida sexual dos portugueses complicou-se durante a pandemia?

– Sobretudo para quem não tem companheiro ou companheira. As pessoas encontram-se em contactos sociais, algo que neste momento está reduzido ao mínimo possível.

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– A Covid-19 transmite-se sexualmente?

– A Covid-19 não é um vírus que se transmita sexualmente, mas sim pelo contacto entre as pessoas. E as relações sexuais pressupõem proximidade...

– As pessoas têm-lhe colocado questões relacionadas com a pandemia?

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– No início do confinamento, sim, queriam ter mais informação sobre as possíveis formas de contágio. Neste momento, já não. Até porque os mais jovens acabam por quebrar as regras. E todos nós, de uma maneira ou de outra, estamos a querer andar para a frente.

Ansiedade ‘mata’ o desejo sexual

A sexóloga Vânia Beliz diz que, dentro do casamento, pode haver dificuldade em manter uma vida sexual saudável. "A ansiedade e o stress em que as pessoas estão mergulhadas podem provocar alterações no desempenho sexual. As pessoas perdem o desejo", explica.

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