Polícias usam jogos de futebol para protestar
Juntos com familiares, cantaram o hino nos estádios.
Perto de 220 polícias no estádio dos Barreiros (Madeira) e outros 400 no estádio de Leiria usaram o futebol como palco dos protestos que decorrem há uma semana, repetindo a ação de sexta-feira em Portimão.
No Estádio Municipal de Leiria, durante o jogo União de Leiria - Santa Clara, da II Liga de futebol, os elementos da GNR e da PSP entoaram o hino nacional ao minuto 25.
O protesto, semelhante ao que aconteceu no dia 12 de janeiro, durante o jogo Portimonense - Farense, da I Liga de futebol, insere-se na vaga de contestação que teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ.
A falta de tratamento equivalente relativamente às restantes forças de segurança motivou, nos últimos dias, vários protestos de polícias em diversas cidades do país, numa iniciativa que começou com um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, e está a mobilizar cada vez mais elementos da PSP, bem como da GNR e da guarda prisional.
Estes protestos surgiram de forma espontânea e não foram organizados por qualquer sindicato, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.
Esta plataforma decidiu cortar totalmente as relações com o Ministério da Administração Interna.
Os protestos, que os polícias prometem manter até terem resposta às suas exigências, estão a ser organizados através de redes sociais como Facebook e Telegram.
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