Preços dos alimentos sobem em outubro para máximo de 18 meses

Subida terá sido causada por "um forte aumento dos preços do óleo vegetal".

08 de novembro de 2024 às 14:29
Alimentos Foto: Direitos Reservados
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O índice mundial de preços dos alimentos alcançou em outubro "o nível mais alto em 18 meses" devido a "um forte aumento dos preços do óleo vegetal", segundo dados divulgados esta sexta-feira pela FAO.

O indicador da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que acompanha as variações mensais dos preços internacionais de uma série de produtos alimentares, "atingiu uma média de 127,4 pontos em outubro, mais 2% do que em setembro e 5,5% acima do valor de há um ano".

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"No entanto, o índice permaneceu 20,5% abaixo do pico de março de 2022", disse a FAO num comunicado.

A FAO também observou que o principal impulsionador deste crescimento foi o forte aumento no índice de preços dos óleos vegetais, que disparou 7,3% em outubro, "atingindo o nível mais alto em dois anos como resultado dos preços mais altos dos óleos de palma, soja, girassol e colza".

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Esta situação foi "causada principalmente por preocupações com a produção", acrescentou a agência.

Por outro lado, os preços dos cereais subiram 0,9% em outubro, na sequência do aumento dos preços no produtor do trigo e do milho, e "os preços do trigo foram afetados por condições climatéricas desfavoráveis nos principais exportadores do hemisfério norte", bem como pela reintrodução de um preço mínimo não oficial na Federação Russa e pelo aumento das tensões no Mar Negro.

O preço do milho aumentou devido à procura interna e a problemas de transporte no Brasil, enquanto o índice de preços do arroz desceu 5,6%, na sequência de uma maior concorrência entre os exportadores devido à eliminação das restrições à exportação na Índia.

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O preço do açúcar aumentou 2,6%, devido a preocupações com a produção no Brasil devido a condições climatéricas secas, e o aumento foi também marcado pelo desvio da cana-de-açúcar para a produção de etanol.

Por outro lado, os preços dos laticínios aumentaram 1,9%, situando-se em média 21,4% acima do seu nível no mesmo período do ano passado, em grande parte devido ao aumento dos preços do queijo e da manteiga.

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Não seguindo a tendência, o índice de preços da carne caiu 0,3%, na sequência de uma redução do preço da carne de porco.

Os preços mundiais das aves de capoeira também caíram ligeiramente em outubro, os preços da carne de ovino mantiveram-se estáveis e os preços da carne de bovino aumentaram moderadamente.

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