Professores recusam recuperar só sete anos
Sindicatos de docentes afastam recurso ao ‘crowdfunding’ para financiar paralisação.
Os sindicatos de professores garantem que nem uma eventual proposta do Governo de devolver sete anos do tempo de serviço congelado seria aceite e vão exigir os 9 anos 4 meses e 2 dias na ronda negocial marcada pelo Governo para a próxima segunda-feira.
"A solução dos sete anos é impossível, depois de as regiões autónomas da Madeira e dos Açores terem contabilizado a totalidade do tempo. É uma questão de lei a recuperação dos 9 anos, 4 meses e 2 dias, até porque iria criar situações de inconstitucionalidade entre docentes das ilhas e do continente", afirmou ao CM Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof e porta-voz das 10 estruturas sindicais de docentes.
O dirigente sindical acredita que foi "a pressão dos sindicatos e dos partidos políticos que tornaram inevitável a reunião" marcada na 2ª feira pelo Governo, depois de o primeiro-ministro ter afirmado que tinha o ano todo para negociar: "Seria uma afronta para a Assembleia da República o Governo repetir a mesma proposta dos 2 anos, 9 meses e 18 dias, depois de no Orçamento do Estado de 2019 os partidos terem repetido a norma do de 2018, porque ao não recuperar todo o tempo não se cumpriu a norma."
Nogueira afasta qualquer possibilidade de numa eventual greve vir a recorrer a uma plataforma de financiamento (‘crowdfunding’) para cobrir os custos, como fizeram os enfermeiros.
"Os professores não são mercenários, lutam pelos seus meios e nesta matéria acho que posso falar pelas 10 organizações sindicais de docentes", afirmou o sindicalista.
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