Professores recusam recuperar só sete anos

Sindicatos de docentes afastam recurso ao ‘crowdfunding’ para financiar paralisação.

20 de fevereiro de 2019 às 01:30
Mário Nogueira Foto: Lusa
Mário Nogueira lidera a Fenprof Foto: Tiago Sousa Dias
Mário Nogueira, da Fenprof Foto: Sérgio Lemos
professores Foto: CMTV
Sindicatos estimam que tenham comparecido dois mil professores nos protestos em Lisboa Foto: Bruno Colaço
"Não damos voto a quem nos rouba", dizem professores em protesto Foto: Bruno Colaço

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Os sindicatos de professores garantem que nem uma eventual proposta do Governo de devolver sete anos do tempo de serviço congelado seria aceite e vão exigir os 9 anos 4 meses e 2 dias na ronda negocial marcada pelo Governo para a próxima segunda-feira.

"A solução dos sete anos é impossível, depois de as regiões autónomas da Madeira e dos Açores terem contabilizado a totalidade do tempo. É uma questão de lei a recuperação dos 9 anos, 4 meses e 2 dias, até porque iria criar situações de inconstitucionalidade entre docentes das ilhas e do continente", afirmou ao CM Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof e porta-voz das 10 estruturas sindicais de docentes.

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O dirigente sindical acredita que foi "a pressão dos sindicatos e dos partidos políticos que tornaram inevitável a reunião" marcada na 2ª feira pelo Governo, depois de o primeiro-ministro ter afirmado que tinha o ano todo para negociar: "Seria uma afronta para a Assembleia da República o Governo repetir a mesma proposta dos 2 anos, 9 meses e 18 dias, depois de no Orçamento do Estado de 2019 os partidos terem repetido a norma do de 2018, porque ao não recuperar todo o tempo não se cumpriu a norma."

Nogueira afasta qualquer possibilidade de numa eventual greve vir a recorrer a uma plataforma de financiamento (‘crowdfunding’) para cobrir os custos, como fizeram os enfermeiros.

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"Os professores não são mercenários, lutam pelos seus meios e nesta matéria acho que posso falar pelas 10 organizações sindicais de docentes", afirmou o sindicalista.

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