Protesto dos Trabalhadores do Metro de Lisboa e da Carris

Cerca de 60 trabalhadores e sindicalistas protestaram no Largo Camões, em Lisboa, contra as subconcessões do Metro de Lisboa e da rodoviária Carris, cujo contrato deve ser assinado esta quarta-feira entre o Governo e a empresa espanhola Avanza.

Os manifestantes concentraram-se junto ao elevador de santa Justa e partiram para o Largo Camões, perto do Ministério da Economia, onde chegaram cerca das 11h30.

"Não fique sem Carris, para um serviço público de qualidade", "Não ceda um metro, defenda transporte púbico de qualidade" e "Os trabalhadores dizem não à subconcessão" estavam entre os cartazes de protesto que os manifestantes transportaram.

"Vimos aqui trazer simbolicamente um lápis dizendo ao Governo que este contrato não tem qualquer validade e estamos certos que no dia 5 de outubro viremos aqui trazer uma borracha para apagar este contrato", disse à Lusa Anabela Carvalheira, representante no Metro da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

PS, PCP e Bloco de Esquerda comprometram-se a alterar a situação

Os trabalhadores do Metro e da Carris salientaram que, na semana passada, PS, PCP e Bloco de Esquerda (BE) se comprometeram a reverter o processo de subconcessão das empresas, caso exerçam funções governativas a partir de 4 de outubro.

"O contrato vai ser assinado e o Tribunal de Contas (TdC) vai ter 30 dias úteis para se pronunciar sobre ele e sem isso não entra em vigor", disse Paulo Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores da Carris salientando que os trabalhadores já fizeram chegar ao TdC documentação que "prova que este contrato é ruinoso para o Estado".

Participam na iniciativa a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, o Sindicato dos Trabalhadores da Tração do Metropolitano de Lisboa, e a Comissão de Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.