Protesto marca adeus ao SATU
Utentes vão promover petição pelo prolongamento da linha, de acordo com projeto inicial.
Os 42,4 milhões de euros de prejuízos acumulados em 11 anos ditaram ontem o fim do SATU, que liga Paço de Arcos ao Oeiras Parque, numa distância de 1,2 km. O projeto inicial de 13 km, até ao Cacém, que ligaria a linha ferroviária de Cascais à de Sintra, nunca passou do papel, por falta de vontade política.
Cerca de duas dezenas de pessoas assinalaram ontem o adeus ao SATU com uma concentração. Teresa Soares tem sido uma das dinamizadoras do movimento que defende o prolongamento da linha até ao Cacém: "Podia beneficiar 50 mil pessoas ativas que agora demoram horas em transportes. Recolhemos 700 assinaturas e vamos lançar uma petição pública dirigida ao Parlamento e ao Presidente da República", adiantou ao CM
A maioria dos utentes que protestaram eram idosos residentes na Tapada do Mocho, que serão penalizados com o fim do comboio ecológico. Comprando 20 bilhetes, pagavam 55 cêntimos por viagem no SATU. O autocarro custa 1,20 € e não vai até à parte antiga de Paço de Arcos.
"Esta noite há uma procissão, e muitas pessoas, principalmente mais idosas, já estão aflitas porque não sabem como vão voltar a casa", explicou Teresa Soares.
A Câmara Municipal de Oeiras está a estudar alternativas, mas não há ainda nada de concreto. Maria José Capela, também ativa neste processo, diz que "o desinteresse dos políticos" determinou o fim da linha para o SATU. Os trabalhadores do SATU pertencem a uma empresa subcontratada e desconhecem qual será o seu destino.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt