Quase 77 mil vagas no Ensino Superior Público
Há mais lugares nos cursos do Estado. Concurso Nacional de Acesso conta com 55239 vagas abertas.
O Ensino Superior Público tem abertas 76818 vagas para os concursos de acesso do ano letivo 2025-2026. São mais 691 que no ano passado. O Regime Geral de Acesso conta com 55956 vagas, das quais 55239 no Concurso Nacional de Acesso (CNA), e 717 nos Concursos Locais. A estes lugares nas universidades e institutos politécnicos juntam-se 20862 vagas nos Concursos e Regimes Especiais de Acesso, de acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior.
O Instituto Politécnico de Bragança é a instituição que ganha mais vagas (79), seguido do I.P. Santarém (59). No total de todos os concursos, a Universidade de Lisboa é a instituição que pode acolher mais estudantes novos (9913), seguindo-se a Universidade do Porto (6675) e a Universidade de Coimbra (4886).
Em cursos de Educação Básica, para formação de professores, são fixadas 1197 vagas, mais 204 face a 2024. Para Medicina mantêm-se as 1594 vagas. No topo das formações com mais vagas estão dois cursos de Direito: na Universidade de Lisboa (445) e na Universidade de Coimbra (340).
A partir de hoje inicia-se o prazo de apresentação das candidaturas à 1.ª fase do CNA. Os resultados serão divulgados a 24 de agosto.
No que respeita ao Ensino Superior Privado, há 18831 vagas no Regime Geral de Acesso, num total de 24980 em todos os regimes. A Universidade Lusófona é a privada com mais lugares: 4235. No total, o sistema de Ensino Superior português contempla 101798 vagas, um acréscimo de 1647 face ao ano passado.
Médias sobem a Português e caem a Matemática
As médias dos exames nacionais do secundário subiram a Português e caíram a Matemática A, o que poderá refletir-se nas notas de entrada para os cursos de Ensino Superior Público. No total foram realizados 307270 exames, sendo Português a disciplina com maior número de provas (76939), seguindo-se Biologia e Geologia (37703), Matemática A (35651), Física e Química A (34589) e Filosofia (20335).
A média em Português passou de 111 para 126 pontos, tendo-se registado 93 provas com nota máxima - 200 pontos. Já em Matemática, a média caiu de 121 para 105 pontos: houve 78 alunos que tiveram 200, e 342 tiveram zero.
Outra disciplina onde se registou quebra na média dos exames é Física e Química A, que caiu 6 pontos (de 116 para 110). Biologia e Geologia passou de média negativa (99 no ano passado) para 124 este ano.
A subida da média a Português, prova obrigatória para concluir o secundário, deverá fazer subir as médias de entrada nos cursos já este ano, nomeadamente em áreas de Humanidades e Ciências Sociais, por exemplo. Já a queda a Matemática poderá fazer baixar as médias de entrada em cursos de Ciências, como os das áreas de Saúde ou Engenharias.
Podem chegar aos 60%
As notas dos exames do 12º ano contam 30% para a classificação final à disciplina. Para a nota de candidatura ao Ensino Superior, a média final do secundário vale no mínimo 40%, e as notas dos exames, como prova de ingresso, valem no mínimo 45%, podendo chegar aos 60 por cento.
Provas até dia 24
Está a decorrer até dia 24 a 2.ª Fase dos Exames Nacionais do Secundário. Física e Química A realiza-se esta segunda-feira, na terça-feira é dia de Matemática A e Filosofia, no dia seguinte há provas de História, Geometria Descritiva e Biologia e Geologia, e no dia 24 há Desenho e Línguas.
Acesso ao Ensino Superior: os cursos com médias mais altas na 1.ª fase em 2024 e com mais vagas abertas em 2025
87 cursos com taxa de desemprego de 0%
Há 87 cursos que registaram no último ano uma taxa de desemprego de zero por cento - ou seja, todos os diplomados conseguiram trabalho. Os dados do Portal InfoCursos, da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, que respeitam aos diplomados de 2019-2020 a 2022-2023, indicam que nesta lista estão 43 cursos do Ensino Superior privado e 44 do público.
As áreas com maior empregabilidade são as da Saúde e algumas Engenharias. Nos cursos de Medicina, por exemplo, a taxa de desemprego é de 0,06 por cento, e de 0,61 por cento em Enfermagem. Em Direito, cujos cursos lançaram no mercado de trabalho 10212 diplomados entre 2020 e 2023, a taxa de desemprego cifra-se em 2,21 por cento. Já em Educação Básica (formação de professores), a taxa é de 1,1 por cento.
No lado oposto, há cursos com menos empregabilidade, que registam taxas de desemprego superiores a 10 por cento dos seus diplomados. As licenciaturas de Gestão Turística, Cultural e Patrimonial (Instituto Politécnico de Viseu) e de Serviço Social (do Instituto Superior Miguel Torga e da Universidade Católica Portuguesa) são as formações com maior taxa de desemprego dos recém-formados: 13,1 por cento. Segue-se a licenciatura de Secretariado de Administração, do IP Viseu, com taxa de desemprego de 12,3 por cento.
Calendário do concurso de acesso ao Ensino Superior
15 mil camas públicas
A procura de quartos é uma das primeiras preocupações dos estudantes deslocados e respetivas famílias. Apesar de a rede pública de alojamento estudantil ter 15 mil camas, há 115 mil alunos deslocados. Lisboa é a cidade onde arrendar um quarto fica mais caro - pode chegar a 700 euros e a média ronda os 500 euros.
Site com oferta privada
O Observatório do Alojamento Estudantil identifica a oferta privada de alojamento para estudantes e os valores praticados. No Porto, a média é de 400€, em Faro, 380, em Braga, 323, e em Coimbra, 280.
Atenção às datas
O período de apresentação da candidatura à 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso decorre entre hoje e 4 de agosto, para o contingente geral. Os candidatos ao contingente prioritário têm de concorrer até dia 28 (segunda-feira).
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