"Quero os meus filhos"
Pais de gémeos garantem estar prontos para ter de volta crianças.
Pouco mais de mês e meio depois de a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) lhes ter retirado os quatro filhos menores – após dois deles terem fugido de casa durante a madrugada, em Faro –, os pais dos dois pares de gémeos desesperam para os ter de volta. Garantem que agora têm melhores condições para os criar e criticam o excesso de burocracia.
"Estamos a viver numa casa nova em Portimão, com familiares por perto, e já inscrevi os meus filhos numa escola e nos jardins de infância da zona. Até instalei três fechos na porta para que não volte a acontecer o mesmo erro", explica Samuel Garcia, pai dos gémeos de 3 anos que, dia 21 de outubro, fugiram de casa e foram encontrados, sozinhos, pelas 02h00, num parque infantil a 500 metros da residência, em Faro. Desde então, as duas crianças e os irmãos, de 18 meses – também eles gémeos – estão no Refúgio Aboim Ascensão, depois de terem sido retirados pela CPCJ.
Desesperado por recuperar os filhos, o pai critica a burocracia do sistema: "Custa-me vê-los dois dias por semana, à segunda e terça-feira. Nós amamo-os muito. Já temos todas as condições para os criar e voltar a tê-los connosco, mas dizem-me sempre para aguardar. Só quero os meus filhos de volta".
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