Redução de horário deixa escolas sem auxiliares
Diretores pedem exceção como teve a Saúde.
A redução do horário na Função Pública para 35 horas vai deixar as escolas sem um número suficiente de funcionários no próximo ano letivo. O alerta é feito pelos diretores, que não escondem a preocupação e alertam para a necessidade de reforçar meios.
"Só para dar um exemplo, num agrupamento com 40 assistentes operacionais, se cada um tiver uma redução no horário de cinco horas, são menos 200 horas, ou seja, é preciso contratar mais cinco a seis funcionários", disse ao Correio da Manhã Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
O dirigente sugere que seja aberta uma exceção, tal como na Saúde: "O primeiro-ministro disse que não haveria reforço de funcionários, mas já foi aberta uma exceção na Saúde, que terá 27 milhões de euros para contratar enfermeiros e assistentes. Era bom que o Governo também fosse sensível à área da Educação, que é muito importante". Filinto Lima avisa que "em muitos casos as escolas já estão no limite" quanto ao número de auxiliares.
A esquerda parlamentar aprovou em janeiro quatro diplomas para redução do horário para 35 horas. O diploma do PS previa a entrada em vigor para julho, mas ainda não é certo que assim seja.
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