Retirados 50 cães de uma casa na Madeira

Município de Câmara de Lobos recusa críticas de maus tratos. Associação contesta com vídeo.

16 de dezembro de 2017 às 16:53
50 cães foram retirados de uma casa em Câmara de Lobos, na Madeira Foto: Facebook
50 cães foram retirados de uma casa em Câmara de Lobos, na Madeira Foto: Facebook
50 cães foram retirados de uma casa em Câmara de Lobos, na Madeira Foto: Facebook
50 cães foram retirados de uma casa em Câmara de Lobos, na Madeira Foto: Facebook
50 cães foram retirados de uma casa em Câmara de Lobos, na Madeira Foto: Facebook
50 cães foram retirados de uma casa em Câmara de Lobos, na Madeira Foto: Facebook
50 cães foram retirados de uma casa em Câmara de Lobos, na Madeira Foto: Facebook

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A Câmara Municipal de Câmara de Lobos (CMCL) recolheu, na sexta-feira, 50 cães de uma habitação, onde viviam três adultos, um deles octogenário, em situação de insalubridade, informou este sábado a autarquia.

A autarquia garante que os animais foram retirados "com todos os cuidados", enquanto a Associação Ajuda Alimentar a Cães contesta a atuação.

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"Da ação ocorrida ontem [sexta-feira], foram recolhidos 50 cães, dos quais 34 se encontram à guarda da SPAD (Sociedade Protetora de Animais Domésticos), dois estão numa clínica e 14 estão à guarda provisória da CMCL, com acompanhamento da equipa de veterinários da SPAD", informa a câmara em comunicado.

A autarquia realça que, "da parte da CMCL, estão a ser assegurados todos os cuidados tidos por necessários e adequados à salvaguarda da integridade e bem-estar dos cães que foram recolhidos", e repudia as críticas da Associação Ajuda Alimentar a Cães (AAAC), "nomeadamente a difusão de vídeos e imagens nas redes sociais, deturpando, de forma intencional e com laivos de má-fé, a verdade dos acontecimentos", "imputando responsabilidade aos funcionários da Câmara Municipal, na forma como os animais foram capturados".

A AAAC, na sua página oficial na rede social Facebook garante, por seu lado, que "vem acompanhando este caso há pouco mais de um mês", e contesta "a forma como foram retirados e transportados os animais".

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A associação divulgou no Facebook um vídeo em que se vâ a forma como os animais foram retirados da casa. A AAAC garante que estava a prestar apoio aos animais.

"Depois de muitas horas dentro das carrinhas, sem [os funcionários] saberem para onde levar os animais, [estes] foram então encaminhados para a SPAD, que, com muita dificuldade, alojou 34 cães, e os restante 16 foram alojados num armazém de Câmara de Lobos, que não tem condições próprias para [os] receber".

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A AAAC afirma ainda que "vários animais ficaram muito feridos devido ao transporte inadequado". A associação divulgou várias fotos em que se vêm animais com marcas de ferimentos e a serem carregados para uma carrinha de caixa aberta, que aparenta não ter condições para transportar os cães.

A Sociedade Protetora dos Animais Domésticos, do Funchal, também comentou o caso no Facebook, garantindo que os animas que recebeu "estão bem, dentro do possível".

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A CMCL diz que a recolha dos cães foi feita em presença do oficial de justiça do Ministério Público, da autoridade de Saúde de Câmara de Lobos, do veterinário, da Polícia de Segurança Pública e, "inclusive, de elementos da AAAC, que se disponibilizaram para apoiar a ação", enquanto "a Câmara Municipal mobilizou meios humanos e logísticos para o transporte dos animais".

"A recolha dos cães existentes na habitação foi efetuada diretamente pelos elementos da AAAC, que os conduziram até às viaturas da Câmara Municipal, com exceção de um cão que apresentava sinais de agressividade", que foi "recolhido pelo veterinário presente no local, indicado pela própria Associação", lê-se no comunicado da autarquia.

A Câmara Municipal recorda ainda "as condições higieno-sanitárias, de salubridade, de habitabilidade e de saúde pública em que viviam três pessoas adultas, uma delas, octogenária", assim como "os próprios animais", criticando a alegada "insensibilidade" da AAAC.

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A situação de insalubridade foi denunciada em 2014, por um familiar das três pessoas que vivem na habitação, mas só na sexta-feira foi possível atuar no local, segundo a autarquia, por haver uma providência cível do Ministério Público, dado que os proprietários não autorizavam a entrada das autoridades camarárias e sanitárias.

A CMCL diz que, no âmbito das suas atribuições e competências, no decurso do corrente ano 2017 investiu mais de 110 mil euros em ações relacionadas com campanhas de adoção e vacinação de animais e, sobretudo, na prestação de cuidados a mais de 70 animais errantes que foram recolhidos da via pública e se encontram aos cuidados da SPAD.

A Câmara adianta que, "ao abrigo da campanha Causa Animal, em 2017, foram adotados cerca de 30 animais errantes, que haviam sido recolhidos pela CMCL, tendo sido entregues às famílias que os acolheram devidamente esterilizados, vacinados e com chip de identificação".

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