"Segredo profissional" de funcionária pode travar ação de euromilionária
Testemunha podia esclarecer quem venceu prémio mas defesa de Abílio afirma que mulher não pode depor.
A funcionária da delegação do Porto do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa chegou esta quinta-feira a sentar-se para depor no Tribunal da Póvoa de Varzim, no processo em que a euromilionária do Marco de Canaveses, Amélia de Jesus, exige 13 milhões de euros ao ex-marido. Um requerimento da defesa de Abílio Ribeiro impediu, no entanto, o depoimento, que visava esclarecer quem foi o verdadeiro vencedor do prémio de 41 milhões, em março de 2013.
João Mariz, advogado de Abílio, alega que a funcionária da Santa Casa está sujeita a segredo profissional, não podendo revelar informações dos prémios do Euromilhões ou dos vencedores. A defesa de Amélia pediu prazo e agora caberá ao juiz decidir. Se o magistrado entender que existe segredo profissional, a única hipótese do advogado da euromilionária será pedir ao Tribunal da Relação do Porto para que quebre esse sigilo.
A falta deste testemunho pode travar a ação da Euromilionária, pois é considerado fundamental. Amélia diz que a Santa Casa identificou erradamente Abílio como vencedor do prémio, em março de 2013, depois daquele dar os seus dados ao telefone. Diz que já na Santa Casa deu conta do erro, mas que a funcionária Rita Queirós a aconselhou a deixar Abílio como vencedor para não atrasar o processo. Nesta ação, Amélia garante que foi coagida a dar os milhões a Abílio.
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