Seis mil enfermeiros boicotam serviços

Profissionais de seis especialidades de enfermagem exigem ser pagos como especialistas.

27 de junho de 2017 às 09:09
Enfermeiros especialistas ameaçam prestar apenas cuidados básicos até passarem a ser remunerados pela categoria Foto: iStockPhoto
Enfermeiros que acumulam funções são os profissionais de saúde com mais multas aplicadas Foto: Reuters
enfermeiros, agressões, Direção-Geral de Saúde, hospitais, saúde, medicina, doentes, violência Foto: Ricardo Almeida
Enfermeiros Foto: Nuno André Ferreira
Enfermeiros Foto: Nuno André Ferreira

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Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica ameaçam parar os blocos de partos de todo o País, a partir do dia 3 de julho, se não passarem a receber como tal. O problema, refere a Ordem dos Enfermeiros, afeta um total de cerca de 6000 profissionais, que incluem também especialistas em saúde Comunitária, Médico-Cirúrgica, Reabilitação, pediátrica e mental.

Sem uma resposta que vá ao encontro dos enfermeiros, os serviços das várias unidades de saúde de norte a sul do País estão em risco de rutura. Os especialistas vão prestar cuidados de enfermagem geral e não especializada. "Exigimos uma resposta do Ministério da Saúde para um problema que já conhece há um ano e meio. O ministério pode criar uma solução transitória para estes profissionais e mais tarde colocar em discussão a carreira", explica ao CM Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

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Numa carta dirigida ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e ao primeiro-ministro António Costa, a Ordem alertou para "a pretensão já anunciada pelo hospital Amadora-Sintra de contratar tarefeiros para substituir os enfermeiros especialistas.

"Não vamos permitir que qualquer ameaça seja concretizada. Quem não sabe gerir, pressiona. Enquanto for só ameaça", alerta a bastonária Ana Rita Cavaco.

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O CM confrontou o Ministério da Saúde com a posição dos enfermeiros e o recurso dos hospitais a tarefeiros, mas não obteve resposta.

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