Sindicatos e Administração do Metro de Lisboa sem acordo sobre contrato de trabalho
Trabalhadores do metro realizaram greves parciais ao serviço em maio e junho.
As organizações sindicais representantes dos trabalhadores do Metro de Lisboa e a administração da empresa falharam esta sexta-feira um entendimento para desbloquear as negociações do contrato de trabalho, segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
"Hoje pensávamos que conseguiríamos chegar mais perto do que aquilo que avançámos, mas considero que se ultrapassarmos estas divergências, que são algumas, mas não assim tantas, conseguiremos chegar a bom porto", disse à Lusa a dirigente da FECTRANS Sara Gligo.
A FECTRANS discutiu hoje o Metro de Lisboa as contrapropostas apresentadas pelo Ministério do Ambiente durante uma reunião realizada em 6 de agosto, com o objetivo de desbloquear a negociação coletiva na empresa em que a administração alega não poder fazer propostas por falta de orientações da tutela.
"Foi apresentada a proposta que tinha sido alinhavada no Ministério do Ambiente, ainda assim, foi introduzida uma matéria com a qual as organizações sindicais não estão de acordo", explicou a dirigente, adiantando que as estruturas vão reunir-se na próxima terça-feira para dar resposta a esta matéria.
De acordo com Sara Gligo, a administração da empresa levantou agora a questão "do regime de faltas", que segundo as estruturas sindicais colide com o acordo de empresa.
Os trabalhadores do metro realizaram greves parciais ao serviço em maio e junho por pretenderem que a empresa tenha em conta nas negociações com os sindicatos a valorização salarial e valorização das carreiras, além do preenchimento imediato do quadro operacional e progressões na carreira.
OS trabalhadores reivindicam também a efetivação do direito ao transporte, o estrito cumprimento de todas as cláusulas do Acordo de Empresa (AE), além da prorrogação da vigência do AE.
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