Sites de relacionamentos amorosos em expansão
Crise económica está a impulsionar o negócio
Os portugueses recorrem cada vez mais a sites de relacionamento amoroso. A crise económica está a impulsionar o negócio, que a nível europeu movimenta anualmente mais de 800 milhões de euros.
Para a investigadora brasileira Birgit Semper, responsável por um estudo de 2012 sobre o mercado de 'on-line dating' no Brasil, em Portugal e outros países europeus "houve um grande 'boom' que inclui não só os internautas mais tradicionais, como também um público que procura algo mais radical".
"Contatos de sexo e relacionamentos adultos, 'swing' e fetiche estão entre os mais procurados e rentáveis", disse à Lusa Semper, para quem "é fácil explicar" o aumento da procura destes serviços: "As pessoas estão deprimidas, não têm trabalho, não têm muito dinheiro e não têm namorado/namorada. As agências de encontros podem mudar isso ativamente (...) com a crise o mercado do 'online dating' tem vivido um 'boom' gigante", disse à Lusa.
Liliana Duarte (Amore Nostrum) confirma que a "afluência de clientes tem aumentado de modo regular, com uma entrada de cerca de 100 novos casos a cada mês".
A Amore Nostrum que, segundo Liliana Duarte, psicóloga e diretora-geral, se assume como "a agência matrimonial nº1 em Portugal, e a mais antiga", tem inscrições desde 350 euros até acima dos 1.000 euros.
"Quem nos procura, desde logo apontando o casamento como meta, não é, como à primeira vista se poderia imaginar, do género tímido ou sem atrativos", referiu Liliana Duarte acrescentando que pessoas de todas as profissões procuram a Amore Nostrum.
O estudo sobre sites de encontros realizado por Birgit Semper, em 2011-2012, refere que estes negócios geraram 4,8 milhões de lucros em 2011, aumentando 14% em relação ao ano de 2010, e que cerca de 450 mil portugueses procuram relacionamentos na internet mensalmente.
O estudo revelou que os europeus gastaram cerca de 811 milhões de euros em sites de procura de relacionamentos e que 85% dessa receita é gerada principalmente a partir de taxas de adesão de membros 'premium' que pagam assinaturas, embora também existam serviços pagos individualmente.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt