Socorro médico nos bombeiros: Sindicato pede intervenção da ministra da Saúde

INEM e Liga dos Bombeiros devem assinar o novo acordo ainda esta semana.

25 de fevereiro de 2025 às 17:27
Ambulâncias
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O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) critica a abertura de ambulâncias de suporte imediato de vida nas associações humanitárias de bombeiros voluntários e refere que pedirá a intervenção da ministra da Saúde. Considera que se trata de uma aposta "numa rede deficiente e que não serve equitativamente o país nem os portugueses, aumentando drasticamente os custos, mantendo a base do sistema (600 ambulâncias) no mesmo nível dos últimos 40 anos". 

Em comunicado divulgado hoje, o STEPH afirma que este anúncio "revela uma preocupante ausência de visão estratégica, carece de sustentação financeira e visa satisfazer interesses corporativistas, deixando a esmagadora maioria dos portugueses sem acesso atempado a cuidados de emergência médica diferenciados". No mesmo documento, o sindicato indica que a aposta deveria ser no "alargamento da carreira de Técnico de Emergência Pré-hospitalar a todas as ambulâncias do Sistema Integrado de Emergência Médica, possibilitando que também as 600 ambulâncias dos parceiros Bombeiros e Cruz Vermelha pudessem prestar cuidados de emergência médica diferenciados, fazendo chegar estes cuidados a todo o território nacional numa janela de tempo minimamente aceitável, salvando efetivamente mais vidas".

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INEM e Liga dos Bombeiros devem assinar o novo acordo ainda esta semana. O presidente do INEM, Sérgio Dias Janeiro, afirmou esta segunda-feira que "esta proposta de alteração já foi submetida à tutela e permitirá haver meios dos bombeiros com enfermeiro, haver motociclos de socorro também operacionalizados pelos bombeiros", com o objetivo de melhorar a cobertura nacional da rede de emergência médica, sobretudo no interior do país.

O sindicato refere hoje que estranha ainda que o presidente do INEM "não se tenha referido à evolução e profissionalização do sistema até à Paramedicina". E considera que o anúncio revela "um desvio face ao caminho anunciado pelo governo, pelo que o STEPH solicitará com a máxima urgência a intervenção da Exma. Sra. Ministra da Saúde".

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