Trabalhadora de corticeira foi despedida após denunciar assédio moral
Fernando Couto Cortiças despediu mulher, acusando-a de colocar em causa o bom nome da empresa.
A empresa Fernando Couto Cortiças S.A., de Santa Maria da Feira, despediu novamente Cristina Tavares, depois de a funcionária ter sido reintegrada judicialmente em maio de 2018 e ter denunciado assédio moral por parte da firma.
A mulher foi suspensa em novembro do ano passado e alvo de um processo disciplinar. O despedimento por justa causa foi-lhe comunicado esta quinta-feira.
"Procedemos ao despedimento de Cristina Tavares por ter ficado provado que a trabalhadora divulgou um conjunto de factos que bem sabia serem falsos e caluniosos, e que puseram em causa o bom nome da empresa, causando danos incomensuráveis e irreparáveis" disse, em comunicado, a administração da empresa.
"Como certamente a trabalhadora irá impugnar o despedimento judicialmente, deixamos a nossa defesa para o local próprio", acrescentou a empresa.
"Essa empresa afasta quem não aceita despedimentos ilícitos, quem luta pela reintegração do seu posto de trabalho em detrimento de indemnizações", referiu o Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte, que vai apoiar Cristina e que amanhã prestará mais esclarecimentos.
Corticeira tinha sido multada em 31 mil eurosA empresa Fernando Couto Cortiças S.A. despediu Cristina Tavares com base na extinção do posto de trabalho. Depois de uma batalha judicial, a operária foi reintegrada em maio de 2018.
A mulher terá sido alvo de assédio moral e obrigada a carregar, todos os dias, a mesma palete com o mesmo material. Na sequência de um processo de investigação, a Autoridade para as Condições de Trabalho multou a empresa em 31 mil euros.
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